Segundo o New York Times, Putin domina a América – e o presidente Trump é apenas o seu garoto de recados

por Paul Craig Roberts

Quando li isto pela primeira vez pensei que fosse a caricatura de uma notícia falsa ( fake news) . A seguir percebi que era um artigo do New York Times e, estando razoavelmente certo de que esta arrogante organização presstituta não estava a urinar sobre si própria, pois é um dos principais fornecedores de falsas notícias, cheguei à conclusão inevitável de que Julian E. Barnes e Matthew Rosenberg estavam tão profundamente atolados dentro da Matrix que podiam realmente acreditar nos absurdos que escreveram. 
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Aqui está uma visão geral das fantasias que os dois presstitutos escreveram no New York Times: 
A inteligência (sic) dos EUA tinha "informantes próximos do presidente Vladimir V. Putin e no Kremlin", os quais forneceram "advertências urgentes e explícitas acerca das intenções da Rússia de tentar influenciar a eleição presidencial americana de 2016". Os presstitutos do NYT não dizem porque nada foi feito pela inteligência dos EUA, a qual tinha informação interna do próprio Kremlin de que Putin estava prestes a roubar as eleições estado-unidenses em favor de Trump. Certamente o director da CIA, Brennan, e o director do FBI, Comey, os quais são ambos aliados de Hillary, não teriam aprovado Putin a roubar a eleição para Trump. Mas não há críticas dos presstitutos do NY Times a esse fracasso maciço da inteligência para actuar a fim de impedir Putin de roubar a eleição de Hillary. Brennan e Comey sentaram sobre suas próprias mãos e permitiram que Putin roubasse a eleição para Trump. Então, quem é realmente culpado pelo "Russiagate"? 

Obviamente, o artigo do NY Times é uma farsa escrita por imbecis. A afirmação de que a conspiração Putin/Trump escapou para a inteligência dos EUA de dentro do Kremlin é uma invenção para ajudar a dar um historial de fundo num esforço para promover a credibilidade da orquestração do Russiagate que é dirigida contra o presidente Trump. Os presstitutos, no seu esforço para promover a credibilidade do Russiagate, inadvertidamente retrataram a inteligência dos EUA como negligente no seu dever. 

Barnes e Rosenberg dizem que Putin continua com os seus truques sujos, mas os traidores russos no interior do Kremlin dentro de círculos próximos de Putin "remeteram-se ao silêncio", privando-nos de informação acerca de como os russos estão em vias de roubar as eleições intercalares. Os presstitutos sugerem que informadores de Washington no interior do governo de Putin "foram ao chão" para evitarem serem assassinados "como o envenenamento em Março na Grã-Bretanha de um antigo responsável russo de inteligência que utilizou um raro agente de nervos de fabricação russa". 

É difícil saber o que fazer de presstitutos como Barnes e Rosenberg e o NY Times que se recusam a reconhecer o facto de que há zero de provas produzidas que confirmem o alegado ataque aos Skirpals, ambos os quais sobreviveram a um "agente de nervos mortal". Não há qualquer evidência de que o alegado agente de nervos mortal foi fabricado na Rússia e não há explicação de porque o agente de nervos mortal não foi mortal. A única conclusão possível da ausência total de qualquer prova é que nada de tal ataque se verificou. É apenas uma outra burla propagandística contra a Rússia. 

Mais prova que não houve tal ataque é providenciada pela recusa do governo britânico em partilhar sua investigação, se realmente houve uma investigação, com quem quer que seja, nem mesmo com os acusados russos. Acusações sem nem uma partícula de prova não são uma boa base para um relacionamento confiante com uma potência nuclear. 

Barnes e Rosenberg sugerem que o House Intelligence Committee, encorajado pelo presidente Trump, tenha arrefecido o coleccionamento de inteligência ao "revelar um informante do FBI", deixando Washington no escuro acerca das intenções precisas de Putin. 

Não, isto não é uma narrativa de conspiração do National Inquirer, agora um jornal mais confiável do que oNew York Times. Este disparate absoluto é publicado no New York Times, "o jornal de referência". Quantas falsas referências os historiadores vão ter. 

Quais são as fontes do NY Times para esta fantasia? A organização presstituta não pode contar-nos. "Agências de inteligência americanas não foram capazes de dizer-nos precisamente o que são as intenções do sr. Putin. Ele poderia estar a tentar influenciar as eleições intercalares, simplesmente semear caos ou geralmente minar a confiança no processo democrático". Mas o NYTimes sabe que Putin prepara alguma coisa, porque "altos funcionários da inteligência, incluindo Dan Coats, director de inteligência nacional, advertiram que os russos têm a intenção de subverter as instituições democráticas americanas". 

Então, aqui temos um nomeado do próprio Trump, Dan Coats, a minar o esforço de Trump para normalizar relações com a Rússia. Quem entre os conselheiros de Trump o aconselhou a nomear um idiota russofóbico como Dan Coats? Se Trump tivesse algum bom senso, demitiria ambos. 

Washingto subverte rotineiramente instituições democráticas em outros países, tais como Honduras, Nicarágua, Venezuela, Irão, Ucrânia, Indonésia. Ler The Brothers, de Stephen Kinser , para um certo número de exemplos: 

Washington financia candidatos da oposição que são por ela comprados e pagos e utiliza várias organizações não-governamentais (ONGs) financiadas pela National Endowment for Democracy, George Soros, o International Republican Institue e muitos outros grupos de fachada para a subversão de países "não cooperantes" a fim de instalar um governo fantoche de Washington. Washington tem ONGs a operarem mesmo na Rússia onde o governo russo até lhes permite possuírem jornais. Todos os protestos anti-Putin são organizados por Washington utilizando as ONGs que ela financia. 

A Rússia, no entanto, não tem ONG a operarem nos EUA e, ao contrário de Israel, não possui o Congresso dos EUA e a Casa Branca. Então como exactamente, segundo Dan Coats, Director of National Intelligence (sic), os russos estão em vias de subverter as "instituições democráticas americanas"? 

Não espere uma resposta. 

Tente entender os insultos a eleitores de Trump com a acusação de que são marionetes na trela de Putin: os eleitores de Trump são retratados como idiotas que não são capazes de pensar por si mesmos. Se fossem, teriam votado em Hillary para que os Estados Unidos pudessem demonstrar sua fuga da misoginia e da dominação masculina, elegendo sua primeira mulher presidente na esteira do primeiro presidente negro. Ao invés disso, as mentes dos eleitores americanos foram distorcidas por Putin. Os US$100 mil dólares gastos por uma empresa de Internet russa a tentar atrair anunciantes prevaleceram sobre os milhares de milhões de dólares gastos pelos democratas e republicanos e pelos interesses económicos americanos focados em capturar o governo para as suas agendas. A trama russa é tão poderosa que um dólar gasto pela Rússia é milhares de vezes mais poderoso do que um dólar gasto pela Wall Street, pelo complexo militar/de segurança, por George Soros, Sheldon Adelson, etc, e assim por diante. 

Na narrativa oficial, nenhum americano votou por Trump porque o seu emprego foi remetido para a Ásia ou o México por corporações globais dos EUA em busca de altos prémios monetários para executivos e accionistas a expensas da força de trabalho americana. Os "Deploráveis" votaram por Trump porque tiveram os cérebros lavados por alguns anúncios russos na Internet destinados a maximizar clicks a fim de atrair anunciantes. 

Ninguém votou a favor de Trump porque o seu filho e filha, em cuja educação a família gastou suas poupanças, adquiriu dívidas no empréstimo a estudantes e possivelmente uma segunda hipoteca, só pode encontrar um trabalho como empregado de mesa num bar porque os empregos para os quais eles se preparam com grandes despesas foram transferidos para estrangeiros mal pagos a fim de que accionistas pudessem receber grandes ganhos de capital e um punhado de executivos corporativos pudessem receber bónus multimilionários em dólares por elevar lucros através do encerramento da louvada "sociedade da oportunidade" da América. Hoje os americanos têm dívidas e não oportunidades. 

Supondo que tenha algum bom senso e alguma capacidade para pensar independentemente das mentiras com que o alimentam diariamente, poderá alguma vez acreditar que americanos votaram por Trump porque Putin enganou-os com anúncios na Internet que é improvável terem sido vistos por menos de um por cento dos eleitores? 

Poderá alguma vez acreditar que a perda de empregos dos eleitores de Trump, suas perspectivas, as perspectivas dos seus filhos, seu lar, seus padrões de vida em declínio, os insultos amontoados sobre americanos pelo Partido Democrata de Hillary – "deploráveis de Trump", "homens brancos opressores", "Quinta coluna da Rússia", "misóginos", "racistas", "homofóbicos", "malucos" – não tivessem impacto sobre a razão porque americanos votaram por Trump? Como poderia qualquer americano sensível acreditar que Putin é a fonte dos seus problemas? 

Os presstitutos do NY Times informam sem qualquer evidência alegados esforços da Rússia para criar caos na América. Eu não podia parar de rir. Não há qualquer National Endowment for Democracy russa a operar nos EUA. Não há um George Soros russo a financiar operações na América. Não há Organizações Não Governamentais russas a operarem na América. Mas a Rússia está cheia de organizações financiadas por Washington a fazerem todos os possíveis para semearem o caos ali. 

Por que esta mais óbvia de todas as verdades não é relatada no NY Times 

A resposta é que nenhuma verdade, qualquer que seja, nem mesmo uma minúscula parcela, ajusta-se nas explicações falsificadas nas quais vivem os displicentes povos ocidentais. Por toda a parte no mundo ocidental os povos são protegidos da realidade por explicações controladas que lhes são passadas pelo New York Times, Washington Post, CNN, MSNBC, NPR, BBC, et. al, e os jornais do Reino Unido, UE, canadianos e australianos, cada um dos quais é um propagandista da hegemonia americana. 

Há alguns anos um filósofo famoso chegou à conclusão de que o mundo vive numa realidade virtual construída. Naquele tempo pensei que ele estava louco, mas tive de aprender que estava correcto. O mundo inteiro – mesmo os russos, chineses e iranianos – vivem num mundo modelado pela propaganda americana. A verdade é que um país, os EUA, que endossa a liberdade de determinação, está de fato determinado a controlar o mundo e a sufocar toda auto-determinação. Todo país, seja Rússia, China, Síria, Irão, Índia, Turquia, Coreia do Norte, Venezuela, que resiste à hegemonia de Washington é declarado por esta como "uma ameaça à ordem internacional". 

A "ordem internacional" é a ordem de Washington. A "Ordem Internacional" é a hegemonia de Washington sobre o mundo. Rússia, China, Irão, Síria, Coreia do Norte, Venezuela e agora a Turquia e a Índia são ameaças à "ordem internacional" porque não aceitam a hegemonia de Washington. 

Barnes e Rosenberg informam que Coats está preocupado acerca do esforço da Rússia para "enfraquecer e dividir os Estados Unidos". Não há sinais de a Rússia fazer tal coisa e não há explicação de como Putin dirige "uma vasta campanha de caos para minar a fé na democracia americana". Se o Director de Inteligência Nacional está preocupado acerca das forças de divisão na América ele deveria voltar sua atenção para as consequências divisionistas da Política de Identidade do Partido Democrata, para o ANTIFA, para as consequências divisionistas dos ataques ao presidente Trump inventados pelo complexo militar/de segurança e os media presstitutos. Na verdade, o constante rufar dos tambores das mentiras só do New York Times já causaram mais divisionismo do que qualquer das coisas que se alega ter feito a Rússia. 

Divisionismo é o que acontece quando o complexo militar/de segurança e seus proxenetas dos media se voltam contra um presidente por ameaçar seu orçamento ao propor a paz com o inimigo que eles construíram a fim de justificar o seu poder e o seu lucro. É este divisionismo que os Estados Unidos estão a experimentar.



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